segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Em um céu estrelado,
Em densas nuvens,
Nos meus e nos teus olhos,
Em todas as coisas não-ditas,
Em tudo que se esconde... em tudo que se omite
Há um mistério incontestável,
Porque só o desconhecido é incontestável

E o grande questionamento é:
O que é mais encanta?
Tudo que é revelado,
Ou tudo que é omitido?

O que mais te atrai?
Tudo aquilo que não conhece
Ou aquilo que já viu?

A boca talvez seja mais desejada no silêncio
As mãos que tocam suave sem entregar-se por completo
Os olhos que por instinto se fecham quando lábios se encontram
Todas as insinuações de olhos que falam

O mistério fascina
A paixão...de sensações incompreendidas

Talvez um dia, no futuro,
Os mistérios sumam
As verdades todas surjam
Ou a curiosidade sobre o omitido
Já tenha até morrido

Mas ainda assim a respiração ficará ofegante,
E o coração agitado
Quando as mãos e as bocas e os olhos já não exprimirem mistérios
E o silêncio for simplesmente o vazio,
Não mais o não-dito

Porque quando não se ama os mistérios,

Se ama os detalhes!


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E quero um dia dizer que tenho o amor mais desmedido do mundo!

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